A maioria das crianças pequenas têm consciência da morte. Mesmo que elas não a entendam, em desenhos animados e programas de TV, a morte é um tema comum. Além disso, é provável que algum amigo dela já tenha passado pela perda de um ente querido. Mesmo assim, vivenciar o luto em primeira mão pode ser um processo diferente e confuso para as crianças.

Como pai, você não consegue proteger seu filho da dor de uma perda. De qualquer forma, você pode ajudá-lo a se sentir seguro. Permitindo e encorajando ele expressar seus sentimentos, você pode ajudá-lo a identificar o que sente e a desenvolver habilidades saudáveis de enfrentamento que podem ser úteis para ele agora e no futuro.

Quando falamos sobre o comportamento durante o luto, crianças são diferentes dos adultos. O humor delas pode se alterar constantemente, ir de um choro para uma brincadeira e vice versa. Essa mudança não significa que ela não está triste ou que acabou seu processo de luto. A própria brincadeira pode ser um mecanismo de defesa para que ela não se sobrecarregue com sua dor. Como todo luto, é normal que ela se sinta depressiva, culpada, ansiosa, com raiva de quem morreu ou de outra pessoa.

Crianças muito novas podem regredir e voltar a molhar a cama ou voltar a falar como um bebê.

Então, uma coisa muito importante para se fazer é não evitar de falar sobre o assunto. Não assuma que seu filho seja muito novo para entender ou que ele nem percebeu o que está acontecendo. É bom para as crianças que elas expressem quaisquer emoções que estejam sentindo. Converse com elas. Alguns livros infantis sobre a morte podem ajudar a começar um diálogo. Se seu filho ainda não souber se expressar muito bem com palavras, utilize desenhos, olhe álbuns de fotos ou conte histórias. Lembrando que a palavra chave é SEGURANÇA. Respire fundo, trabalhe com sua própria dor e dê segurança para seu filho de que está tudo bem.