É possível que, eventualmente, você perca alguém que servia como exemplo de bom comportamento, ou que lhe ajudava a tomar vergonha na cara ao apontar as suas atitudes disfuncionais. Se isso acontecer, dependendo da pessoa que é, pode começar a se perguntar o que o falecido pensaria a cada atitude que você tomar ou quiser tomar.

Em um primeiro momento, isso pode ser uma coisa boa. Podemos começar a controlar os nossos vícios, aumentar o nosso cuidado com a saúde, desenvolver uma rotina mais produtiva e ter um foco mais claro para o nosso futuro. Se você for uma pessoa que conseguir parar por aí, que bom!

O problema aparece quando a cobrança começa ser excessiva. Tudo bem você sentir motivação para buscar um emprego porque era o que a sua falecida mãe gostaria. Nada legal você sofrer de maneira exagerada, com pensamentos de ter desapontado ela e de que você não presta para nada, se não conseguir o emprego.

Uma alta motivação colocada da maneira errada, pode ser a causa de uma alta frustração e, consequentemente, do surgimento de transtornos psiquiátricos sérios como Depressão. Assim, além do luto pelo falecimento do seu ente querido, os seus pensamentos disfuncionais sobre si mesmo podem te causar ainda mais sofrimento e lhe causar transtornos que afetam todas as áreas da sua vida.

Busque pensar sobre o falecido, tente ser uma pessoa melhor, mas tome cuidado com a cobrança em excesso. Evite o sofrimento por conta dos seus próprios pensamentos do que você julga que o falecido pensaria.
Se estiver com dificuldade e com muito sofrimento, não hesite em buscar um apoio psicológico. Uma psicoterapia pode te ajudar aceitar a situação atual e a lutar para alterá-la.