Gostaria de começar esta edição pensando sobre o fato deste ser o tabu mais inusitado que já escrevi. Afinal, o que pode ter demais num carro funerário. Sabemos que ainda existe o medo da morte e tudo que está envolto, mas até do carro? Aí já é demais. Pobre veículo

O que se sabe sobre os “carros funerários” é que eles começaram a ser usados quando eram apenas carruagens que levavam as urnas com seus respectivos falecidos para os locais de sepultamento. Esse serviço funerário foi utilizado aproximadamente até a primeira década do século XX, data em que foram criados os primeiros automóveis fúnebres.

Pra se ter uma ideia, em São Paulo, existiu um “Vagão Funerário”, utilizado na “Ferrovia Paulista”, hoje exposto no “Museu Ferroviário de Paranapiacaba”. Este vagão era exclusivamente para o transporte dos corpos de falecidos de São Paulo para o Planalto, possibilitando a realização de um velório durante a viagem.

Mas como já falamos, o tema aqui é o medo sobre esse carros e o pavor sobre o “fim” que se dá pelo desconhecido e mistério envolto ao tema. Afinal, qual o problema com os veículos das empresas funerárias? Só por que eles transportam os falecidos? Fique tranquilo, em algum dia faremos um passeio com ele, ninguém escapa.

Talvez você acredite em fantasmas. Vamos supor que eles existam. Assim, pense comigo caro leitor, o que o espírito ganha puxando seu pé à noite, ou acompanhando um carro? E se pararmos para pensar, a gasolina é feita de combustível fóssil. E todo carro usa. É mais provável um espírito de tiranossauro-rex te assustar do que de uma pessoa falecida. Não que isso vá acontecer.

Até porque, os carros funerários não são nada mais nada menos que veículos utilizados para realizar serviços de transporte, levando o que é solicitado a eles e só. Seja um falecido, flores e o que mais precisar. Pessoal, é só um automóvel.

Então, quebre esse tabu e não tenha medo de carros funerários, a não ser que ele venha desgovernado em sua direção, aí você corre! Fora isso, ta tudo certo! Viva uma vida tranquila sem as travas que os pavores nos trazem.