Doar órgãos é doar vida, esperança e uma segunda chance. Apesar do Brasil ser referência mundial em aprovação à tal ato, a fila de pacientes necessitados é maior que a quantidade de doações efetivas. Isso ocorre porque é necessária uma compatibilidade entre o enfermo na lista de espera e os órgãos disponíveis. Entretanto, quanto mais doadores, maiores as chances do transplante acontecer.

Pense comigo caro leitor, é claro que o senhor necessita de seus órgãos para sobreviver. Porém quando nós fizermos a passagem, não necessitaremos mais deles. E, alguém pode precisar. Desta forma, porque não dar a esta pessoa a oportunidade de seguir com uma vida de qualidade.

Para isto, é necessário produzir um documento em vida manifestando o desejo pela doação pós-morte. Contudo, é importante deixar claro e acordado com parentes o seu desejo, porque são os familiares próximos que determinam o que acontecerá com seu corpo após seu falecimento. Veja abaixo os procedimentos para doar (Fonte: http://www.transplante.rj.gov.br/)

No momento oportuno, logo após a declaração da sua morte, a família será informada quanto à possibilidade de doação de seus órgãos e/ou tecidos. Caso concordem, os familiares serão convidados a assinar os documentos necessários. Para quem é maior de 18 anos, é necessária a assinatura do esposo (a) ou parente até 2º grau [ pai/mãe, filho (a), avô (ó), neto (a), irmão (ã) ] e a presença de pelo menos um desses parentes para autorizar a doação. Caso não haja, somente com autorização judicial.

Se o falecido(a) tiver menos de 18 anos, será necessária a assinatura da mãe e do pai ou do responsável legal pelo menor. Na ausência dos parentes, também só ocorrerá com autorização judicial.

Após todos os procedimentos necessários realizados, inicia-se a cirurgia de retirada dos órgãos e/ou tecidos, que tem duração variável. Após a cirurgia, a equipe médica recompõe o corpo do doador, que terá apenas os pontos no local operado, não impedindo a realização de um velório habitual (lembre-se que as cerimônias acontecem com roupas que cobrirão as cicatrizes). Todos os procedimentos envolvidos neste processo são realizados gratuitamente por equipes especialmente treinadas. Caso a morte tenha decorrido de causa não natural, o corpo segue para o IML e é submetido a uma necropsia.

Além disso, é possível doar órgãos em vida! E estes específicos também não farão falta:

  1. Rins, você tem dois e vive perfeitamente com apenas 1;
  2. Pedaço do fígado. Parece absurdo, mas o fígado se regenera;
  3. Medula óssea;
  4. Sangue;
  5. Tecidos.

Então, quebre esse tabu, doe órgãos, doe vida! Alimente a esperança de uma pessoa e seus familiares. Mantenha essa corrente do bem. Juntos, podemos permitir o futuro de um ser humano!