Quando nós, terapeutas, estamos trabalhando com uma pessoa enlutada, principalmente uma pessoa que a sua principal queixa é o luto complicado que ela está vivendo, no início do tratamento buscamos a história interpessoal do paciente, incluindo relacionamentos familiares iniciais, outras perdas, o relacionamento com o falecido, a história da morte e os relacionamentos atuais.

Você deve conseguir imaginar que é um processo doloroso desde o início, já que relembrar algumas coisas podem trazer emoções poderosas e vontades compreensíveis, mas que podem atrapalhar o processo, como o de evitar falar ou evitar a terapia por completo.

Depois de passado por essa primeira fase, o terapeuta e o paciente discutem a situação de vida atual do paciente, incluindo fatores que causem ou aumentem seu estresse e seus recursos de enfrentamento.

Todas essas informações ajudarão o terapeuta saber como está a vida atual do paciente, como ele lida com tudo o que aconteceu e está acontecendo, e se há coisas que mantêm ou aumentam seu desconforto emocional.

Para conseguirmos todos esses dados, podemos pedir ao paciente que ele preencha um diário de monitoramento do luto. Neste diário, ele vai registrar os gatilhos diários e os momentos menos angustiantes. Depois disso, podemos ajudar o paciente a se aproximar de suas aspirações de vida e metas de tratamento.

Se estiver com dificuldade e com muito sofrimento, não hesite em buscar um apoio psicológico. Uma psicoterapia pode te ajudar aceitar a situação atual e a lutar para alterá-la.